Grupo de Risco do Covid-19 – doença causada pelo Coronavírus 19
COVID-19 é uma doença infecto contagiosa com alto poder de transmissão que foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na China, em 2019. Atualmente, a transmissão se dá principalmente de pessoa a pessoa.
Grupo de risco (maior probabilidade de desenvolver doenças graves):
Adultos com mais de 60 anos
Pessoas com condições de saúde como pressão alta, doenças cardiovasculares e respiratórias, diabetes ou câncer
Gestantes e puérperas, mães de recém-nascidos com até 45 dias de vida
Abaixo, algumas doenças que podem complicar a evolução do COVID 19:
Doenças cardíacas crônicas ou congênitas
Insuficiência cardíaca mal controlada
Doença cardíaca isquêmica descompensada
Doenças respiratórias crônicas
DPOC e asma mal controlados
Doenças pulmonares intersticiais com complicações
Fibrose cística com infecções recorrentes
Displasia broncopulmonar com complicações
Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3,4,5)
Pacientes em diálise Imunodeprimidos
Transplantes de órgãos sólidos e de medula óssea
Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos (em vigência de quimioterapia/ radioterapia, entre outros medicamentos)
Portadores de doenças cromossômicas e com estados de fragilidade imunológica (ex: Síndrome de Down)
Diabetes (conforme juízo clínico). O caso de glicose alterada sem tratamento para diabetes deve ser verificado individualmente. Os portadores de diabetes controlada poderiam trabalhar.
A orientação para os grupos de risco é o afastamento das atividades ou home office. Deve-se considerar qual atividade (sozinho, em ambiente fechado, com proximidade de muitas pessoas...) o mesmo exerce e tipo de transporte que utiliza para definir o quão exposto ao risco de contaminação estaria.
No caso de afastamento, o salário é pago pelo empregador, pois não existe previsão de afastamento ao INSS por estes motivos.
Os funcionários portadores das doenças devem ser avaliados para verificar a gravidade das mesmas e definir se poderiam ou não trabalhar. Casos de asma leve, diabetes controlada dependendo da atividade poderiam trabalhar, por exemplo.
Fumantes e usuários de produtos de tabaco correm maior risco de infecção por COVID-19?
É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis ao COVID-19, pois o ato de fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do vírus da mão para a boca.
Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave. Condições que aumentem as necessidades de oxigênio ou reduzem a capacidade do corpo de usá-lo adequadamente colocam os pacientes em maior risco de doenças pulmonares graves, como pneumonia.
Pessoas que vivem com HIV correm um risco maior de serem infectadas pelo vírus que causa COVID-19?
As pessoas que vivem com HIV com doença avançada, aquelas com CD4 baixo e alta carga viral e aquelas que não estão em tratamento antirretroviral têm um risco aumentado de infecções e complicações relacionadas. Não se sabe se a imunossupressão causada pelo HIV colocará uma pessoa em maior risco para a COVID-19. Portanto, até que se saiba mais, devem ser tomadas precauções adicionais para todas as pessoas com HIV avançado ou pouco controlado.
No momento, não há evidências de que o risco de infecção ou complicações da COVID-19 seja diferente entre pessoas vivendo com HIV, clinicamente e imunologicamente estáveis no tratamento anti-retroviral, quando comparadas à população em geral. As pessoas que vivem com o HIV e estão tomando medicamentos antirretrovirais devem garantir que tenham um suprimento de ao menos 30 dias a 6 meses de remédios e garantir que suas vacinas estejam em dia.
Pessoas com cirurgia bariátrica correm maior risco se infectadas pelo vírus que causa COVID-19?
Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a cirurgia bariátrica por si só não se configura critério de inclusão entre os grupos de risco para contágio ou agravamento dos casos de COVID 19. A SBCBM orienta:
Os pacientes bariátricos e metabólicos devem seguir os mesmos cuidados da população em geral, enfatizando as medidas de higiene e isolamento social, sem esquecer das recomendações nutricionais e de suplementação indicadas pela equipe multidisciplinar;
A obesidade e doenças associadas costumam ser fortes indicadores de risco para o agravamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave, devendo os pacientes que ainda não obtiveram controle pleno dessas doenças realizarem o isolamento e cuidados redobrados;
O paciente submetido a cirurgia bariátrica/metabólica deve manter o acompanhamento médico rigoroso, inclusive no período de isolamento. Se necessário o acompanhamento deverá ser feito através de teleconsultas e teleorientações;
O estado nutricional do paciente bariátrico deve ser avaliado periodicamente pela nutricionista, assim como atividade física e o acompanhamento psicológico devem manter-se como prioridade, inclusive período de isolamento/quarentena.
Fontes:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875
https://www.unimed.coop.br/web/cuiaba/noticias/ministerio-da-saude-inclui-gestantes-e-puerperas-no-grupo-de-risco-do-covid-19
https://www.sbcbm.org.br/recomendacao-da-sociedade-brasileira-de-cirurgia-bariatrica-e-metabolica-sbcbm-em-razao-do-coronavirus-covid/
https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/cancer-e-coronavirus-covid-19